O MEIO AMBIENTE SOCIAL
Usina de Miranda este problema se arrasta por anos e anos e ainda vai uma eternidade, principalmente quando a preocupação principal é procurar e punir os culpados pelos loteamentos na área de entorno da represa, feitos na época com o aval da prefeitura municipal, ignorando um planejamento
ambiental,
sem respeito ás leis, normas e procedimentos legais, valendo mais o jogo
de interesse e da impunidade. um fator muito mais abrangente, é em relação as famílias que vivem e moram nos pequenos loteamentos de até 1.000m², e não são
reconhecidos
nem como moradores urbanos e nem rural. segurança, transporte e trabalho, fazem com que a esperança seja dispersada pela demora em solucionar este impace, entre acusados e acusadores. Alias, suas casas estão distantes a dois mil metros do lago e o único acesso às águas é um corredor de 6 metros. Tão diferente
daqueles
privilegiados que construíram suas casas na área de entorno do lago para
uso de veraneio.
frente
a tal empreendimento social, haja vista que dezenas de bairros de
Uberlândia, ainda não são privilegiados com projetos urbanísticos. Este projeto já se arrastava há anos e parecia não ter fim. O impace barrava com questões referente ao impacto ambiental que seria provocado, outras vezes com relação à receita financeira que seria gerada para os municípios de Uberlândia e Araguari. Em setembro de
2003,
iniciou-se a construção destas usinas. paga, se corresponde a realidade do mercado imobiliário e suas expectativas futuras, onde o homem deveria ser o centro de discussões, mas, ele não foi inserido nesta questão sócio-ambiental, podendo vir a gerar novamente a experiências impactantes de outras épocas
recentes. o título “Desenvolvimento Sustentável: Uma questão Social” onde deparamos com fatos relevantes que ao meu entender mereceu pouco
destaque
e uma avaliação mais apurada pelos agentes envolvidos. foram enfocadas diversas situações: atividade econômica rural de subsistência, escolarização, idade, tempo de residência e as conseqüências
de
sua retirada dentre outras.
representou
motivo de destaque nas manchetes pesquisadas e nem nos inflamados
discursos de agentes políticos. trabalho e, ainda, o fator idade, agrava as condições de uma vida digna como cidadãos que estão a contra gosto colocado para fora de suas
propriedades
que significam “tudo na vida” para eles. sintoma de depressão, que surgiu após a formação do lago de Furnas, principalmente nos moradores que nasceram e foram criados vendo
as
paisagens exuberantes e suas casas seculares inundadas. sobrevivendo após a retirada de seu habitat, de modo a minimizar a atual situação deste homem que tem o direito a participar do desenvolvimento verdadeiramente sustentável, sem ter que pagar por isto como excluído, evitando que num futuro próximo as fileiras dos
“sem
terras” sejam engrossadas por aqueles que verdadeiramente eram os donos da
terra.
sabendo-se
que o valor indenizatório não premia a questão do lucro cessante conforme
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, art. 952. experiência no mercado de trabalho para os mais jovens, automaticamente serão excluídos na corrida pelo emprego. Esta exclusão social tem o efeito cascata, soma-se aos desempregados já existentes, e a centenas de outros que migrarão com suas famílias a procura do emprego, os chamados barrageiros e a milhares de outros que passarão a viver em nossa região após a conclusão das
obras
a exemplo de outros locais. segurança e educação, custos que se estenderão anos a frente, comprometendo ainda mais, a receita do município, cada dia minguado e
sem
repasse condizentes pelos governos centralizadores de receita e
transferindo responsabilidade ao administrador municipal. caso os trabalhadores formais empregados dos sitiantes, não cobertos pela indenização financeira, foram parcialmente sanadas pelo consorcio, com a construção de casas de alvenaria, no entorno do lago, em área mínima de dois ha, já preparadas para o plantio e cesta
básica
aos moradores por seis meses. a tirar o seu sustento. Os demais que exerciam outras atividades, não estão dando continuidade ao processo de sobrevivência, vivendo
basicamente
da cesta básica mensal, fornecida pelo consorcio. virem a ser adquiridas legalmente e as áreas loteadas por imobiliárias, sendo transformadas em dezenas de casas de campo. Neste caso,
pouco
pode ser feito. paternalismo do governo aos “sem terras” deveriam ser melhores avaliados, analisar o seu passado a experiência com o trabalho na terra e
se
dela sabem tirar todo o seu sustento, ou se são apenas aves de arribação,
se faz bom tempo elas vem se faz mal tempo elas vão. simplesmente vendidas, após o encerramento de doações humanitárias pelas ONGS e Governos, ou simplesmente partirão para novas
empreitadas,
protegidos sob as asas da “liberdade”. e os “sem terras” são vistos como heróis, invadem prédios públicos, saqueiam, bloqueiam estradas, roubam, matam e contam com a certeza
da
impunidade e ainda são amparados pelos “direitos humanos”.
por
outro lado o incentivo também a invasão por diversos motivos. governantes e o caos poderá ser instalado, cabendo responsabilidade a esta sociedade política falida, amparados numa falsa democracia e protegidos pelas aves de rapina.
Wanderley Campos de Oliveira
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